Antigo prédio da Estação da Companhia Paulista - Desenho do Almanak 1873 (Acervo MIS-Campinas) Fundação da Companhia de Bondes de Tração animal – 1878 Esta fotografia é de 1900 (MIS-Museu da Imagem e do Som - Campinas) Foto: Marcos Peron Foto: Marcos Peron Foto: Marcos Peron Foto: Marcos Peron Foto: Marcos Peron

Duração: aprox. 5 horas

Trilha de conhecimento: Indústrias e Ferrovias em Campinas – final séc. XIX e início séc. XX

O tour histórico “Indústrias e Ferrovias em Campinas – final séc. XIX e início séc. XX” teve seu início com a viagem de Maria Fumaça em 5/10, conforme registros fotográficos promovidos por Neander Heringer e Joice Constantino, gestores da Sala dos Toninhos (Estação Cultura). O evento foi conduzido pelo Prof. João Manoel Verde, com participação especial de Alcides Ladislau Acosta (CCLA) que promoveu junto aos participantes a entonação de uma música de Carlos Gomes durante o percurso do trem.  

O tour pelo complexo ferroviário que inclui aula aberta que explora o papel da agricultura cafeeira, da imigração e das ferrovias no desenvolvimento da cidade,  ocorrerá  na Estação Cultura no sábado, dia 18/10. Serão explorados 1. os caminhos que impulsionaram a economia, a urbanização e a chegada de imigrantes que transformaram Campinas na “capital agrícola” de São Paulo. 2. A transição do trabalho escravo para o trabalho “assalariado”, e as condições de trabalho, dos movimentos sociais  e de moradia, na nova realidade de desenvolvimento.  

Para participar da modalidade do dia 18/10 será cobrado para aqueles que não optaram pelo tour completo o valor de apenas R$30,00. 

O passeio conta com a promoção do CCLA – Centro de Ciências Letras e Artes, com apoio da AREA – Associação Regional de Escritórios de Arquitetura de Campinas e do Departamento de Cultura do Sinpro – Sindicato dos Professores de Campinas e Região, com a curadoria pedagógica do Prof. Pedro Rocha Lemos, curador do projeto Revisitando o Brasil, Viagens Contextualizadas, viabilizado pelo portal campinas.com.br e plataforma Próximo Passeio.

Contexto histórico do tour ferroviário

A partir da metade do séc. XIX com as sucessivas safras recordes de café e ainda uma produção robusta de açúcar, Campinas transforma-se na capital agrícola da Província de São Paulo enriquecendo os seus fazendeiros e transformando economicamente a cidade e a região. Com o capital acumulado a cidade imperial começa a tomar forma, com o início das construções dos solares urbanos dos Barões e o surgimento de uma burguesia de comerciantes e pequenos industriais, que surgem em apoio à agricultura com a produção de ferramentas, máquinas e pequenos implementos agrícolas, que ganham força pelas mãos e conhecimento dos imigrantes europeus, e com a fundação e chegada das Companhias ferroviárias.

Os primeiros imigrantes alemães e tiroleses chegaram pelas mãos do Visconde de Indaiatuba em 1852, para substituir a mão de obra escravisada em suas fazendas de Campinas e de Indaiatuba, e a partir disto começaram a chegar imigrantes italianos, franceses, espanhóis e portugueses para trabalharem em fazendas, fábricas e ferrovias em todo o território de São Paulo, principalmente após a abolição da escravatura. Desde essa data grandes levas de imigrantes começaram a desembarcar no Brasil e os maiores deslocamentos foram para o interior da Província de São Paulo, e com isso começaram a modificar-se as relações e técnicas no campo, com a utilização de máquinas e equipamentos, que estes imigrantes conheciam e já haviam tido acesso. Também chegam ao Brasil imigrantes europeus, ingleses, franceses e belgas principalmente vindo trabalhar nas ferrovias ou vindo instalar indústrias de implementos agrícolas, ferramentas e equipamentos para as ferrovias.

Com o crescimento das exportações, as importações passaram a ter também um grande crescimento, com estes capitalistas investindo em qualidade de vida, no estudo e na educação dos filhos, no vestuário de rendas, fazendas e tecidos finos, louças finas, aparelhos de jantar, baixelas, faqueiros, instrumentos musicais, materiais de construção, ferramentas e equipamentos para a construção, portas e janelas, vidros, espelhos, lustres de cristal, peças de ferro fundido, postes, balaústres, gradis, etc., uma infinidade de artigos que chegavam antes a Campinas em lombo de burros e mulas e ganharam impulso e volume com a chegada das ferrovias.

Em 1867 é inaugurada a primeira ferrovia na Província de São Paulo a “The São Paulo (Brazilian) Railway Company” ligando Santos à São Paulo e depois à Jundiaí, e em 1872 chega a primeira ferrovia a Campinas, a “Companhia Paulista de Estradas de Ferro”, saindo de Jundiaí interligada com a Inglesa e vindo a Campinas e depois expandindo-se para o interior. Em 1872 é fundada a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, que inaugura seu primeiro trecho entre Campinas de Jaguari (Jaguariúna), em maio e a Mogi Mirim em agosto de 1875.

As ferrovias deram um enorme impulso ao desenvolvimento e ao crescimento da cidade e consequentemente da região. O tour irá situar estas informações históricas demonstrando muitas das suas evidências na aula passeio, onde serão abordados estes fatos até o início o séc. XX e como fizeram Campinas progredir no apogeu do café.

Conheça os professores especialistas que irão conduzir as informações e leituras junto ao tour

- Pedro Rocha Lemos: Sociólogo, curador do Projeto Revisitando o Brasil, Viagens Contextualizadas, Bacharel em Ciências Sociais, licenciatura plena e mestrado em Ciências Sociais (Unicamp) e doutorado (PUC São Paulo). Foi professor da Faculdade de Ciências Sociais (PUC Campinas de 1987 a 2015) e diretor da Faculdade de 2008 a 2013; Prof. de Antropologia e Sociologia da ESEF – Escola Superior de Educação Física de Jundiaí  (de 1991 a 2018). Atualmente ocupa cargo na diretoria da Jaguatibaia (Associação de Proteção Ambiental Sousas/Joaquim Egídio), foi presidente do Congeapa gestão 2023/2024 (Conselho Gestor da APA Campinas), Sócio fundador da Jaguatibaia e do Fundo Haja (Campinas), colaborador da Rabeca Cultural (Sousas Campinas).

João Manuel Verde dos Santos: Arquiteto e Urbanista pela PUC Campinas em 1984, Mestre em Urbanismo pela PUC Campinas em 2004. É professor aposentado da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC Campinas, onde ministrou aulas de 1992 a 2023; Conselheiro dos Conselhos Municipais Condepacc desde 1992 até o presente, CMDU desde junho 2025 e CONCIDADE desde março de 2025; hoje está como Presidente da AREA – Associação Regional de Escritórios de Arquitetura de Campinas – Gestão 2024 a 2028, Diretor do IAB – Núcleo Campinas – Instituto de Arquitetos do Brasil, Diretor da Pró Urbe – Associação Pró Urbanismo e é Sócio da Unitá Arquitetura Ltda – ME, onde desenvolve projetos de Arquitetura e Urbanismo.

Serviço:
18 de outubro (sábado): das 9h às 12h.
Ponto de encontro - Plataforma da Estação Cultura ao lado do Bar
Investimento: R$ 30,00 por pessoa
Inscrições aqui na plataforma 

 

 

 

 

  • Aula sobre o tema e curiosidades
  • Visita guiada à Estação Ferroviária
  • Ingresso da Maria Fumaça (ida e volta)
  • Acompanhamento de professor e arquiteto especialista no tema
  • Entrada em todos os lugares
  • Almoço e bebidas (à parte)
  • Água
  • Protetor solar
  • Boné
  • Sim, fique tranquilo. Você tem direito ao arrependimento e poderá desistir da compra em até 7 dias depois da compra e ter seu dinheiro ressarcido em 100%, desde que seja respeitado o prazo de 48 horas, antes da data e horário do agendamento.

    • +55 (19) 997873362 | Abrir WhatsApp
    • Estação Cultura | Abrir com Google Maps
    • 04/10 - Estação - Praça Mal. Floriano Peixoto - Centro (ponto de encontro - no salão da entrada)

    R$ 30,00 (por pessoa)


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